Home > Sex, Lies & Feminism > Sexo, Mentiras e Feminismo > CAPÍTULO 14: A FRAUDE DO DOMÍNIO MASCULINO

The Black Ribbon Campaign

Empowering Men:

fighting feminist lies

Sexo, Mentiras e Feminismo por Peter Zohrab

O tradutor: Jacinto Castanho

CAPÍTULO 14: A FRAUDE DO DOMÍNIO MASCULINO

Home Page Articles about Issues 1000 links
alt.mens-rights FAQ Sex, Lies & Feminism Quotations
Male-Friendly Lawyers, Psychologists & Paralegals Email us ! Site-map
 

 

A fraude do domínio masculino è a crença errada de que as pessoas (mais especificamente os homens) em posição de autoridade em sistemas democráticos usam o seu poder para beneficiar principalmente a categoria de pessoas (categoria de homens em particular) a que pertencem. Nos países ocidentais, os lideres masculinos estão acessíveis apenas a uma pequena porção das suas clientelas (entre elas os grupos de mulheres) e tendem a ignorar os apelos dos grupos de homens.

          De facto, para ver um exemplo desta fraude, não precisamos mais do que reparar no caso do Presidente Bill Clinton e Monica Lewisky. Bill Clinton foi tão pró-feminista que a principal razão que evitou que fosse destituído por perjúrio sobre a sua relação extra-conjugal com Monika Lewinsky foi o apoio organizado do movimento feminista. As feministas estavam gratas pelo apoio à causa do aborto e por permitir os homossexuais nas forças armadas.

          No entanto, com todo este poder, o feminismo é basicamente uma ideologia destituída de inteligência que consegue as suas vitórias através de uma combinação de insolência, mentiras descaradas, distorção de ideias e chantagem emocional, mais do que através de mérito intelectual nos seus argumentos. Kate Millet, por exemplo, é um nome importante na história intelectual do feminismo moderno, apesar da sua argumentação ser abundante em erros:

          Se considerarmos um governo patriarca uma instituição pela qual metade da população, que são as mulheres, é controlada pela outra metade que são os homens, os princípios do patriarcado aparecem em duas vertentes: Os homens devem dominar as mulheres, e os homens mais velhos devem dominar os mais jovens (Kate Millett, 1972: Sexual Politics. London: Abacus. Pág. 25).

          Esta é a definição de patriarcado de Millet. O seu ponto crucial é a noção de “controlo”. O que Millet quer dizer com este termo é seguidamente tornado claro:

A nossa sociedade ... é um patriarcado. O facto é evidente se repararmos que os militares, a indústria, a tecnologia, as universidades, a ciência, a política e as finanças, em resumo, todo poder de uma sociedade, incluindo a força coerciva da polícia, está totalmente em mãos masculinas (ibid, pág. 25).

Como uma boa regra prática, se quiser testar a fraqueza dos argumentos de alguém, basta procurar termos como “é evidente”, “evidentemente”, “é óbvio” ou “obviamente”. Isto marca a fraqueza dos argumentos de um orador ou escritor e é usado como sua necessidade de se convencer a si próprio.  Neste caso, a fraqueza é o facto de que por haver mais homens nestas profissões, não implicar que eles controlem as mulheres mais do que os outros homens. Os homens podem ocupar posições de mais alto estatuto, mas ocupam também a maioria nas posições de mais baixo estatuto. E mais importante, se a força coerciva da polícia é dirigida principalmente contra as mulheres, porque é que os homens constituem a grande maioria dos presos pela polícia?

As feministas assumem que os homens promovem normalmente mais os interesses dos homens que os das mulheres, o que raramente é o caso. É verdade que, os homens algumas vezes desconsideraram as perspectivas femininas em certos assuntos, mas isto foi contrabalançado por cavalheirismo paternalista, que levou ao tratamento das mulheres de forma mais branda que os homens. Actualmente, nas sociedades ocidentais, a propaganda feminista está a impor ideologia, e poucos homens estão conscientes das posições feministas em todos os assuntos, enquanto os pontos de vista pró-masculinos são denegridos ou ignorados.

          As feministas femininas, por outro lado, têm usado o seu poder quase exclusivamente para beneficiar as mulheres. Por exemplo, a ministra neozelandesa dos assuntos das mulheres, Christine Fletcher, usou o seu poder para criar a posição de Delegado de Saúde das Mulheres no seu ministério. Fê-lo sem a mínima tentativa de provar que as mulheres têm mais necessidade de cuidados de saúde que os homens, que não têm nenhum Delegado de Saúde dos Homens

          De facto, podemos afirmar que as sociedades ocidentais são actualmente matriarcais, os políticos masculinos são os funcionários pagos das feministas. O que constatamos é que nos últimos dois séculos a história ocidental está repleta de exemplos em que governos preponderantemente masculinos promulgaram legislação que beneficiava mais as mulheres que os homens. Desde o século XVIII (ver o capítulo 15 para uma retrospectiva histórica), que governos principalmente masculinos promulgam legislação dando às mulheres o direito de voto, estabelecendo igualdade de salários para as mulheres, liberalizando o aborto, aumentando as penas por violação, e por aí fora, tudo sem proteger o interesse dos homens na família.

Política vaginal

          Muitos dos executivos das instituições políticas podem ser homens, mas têm feito e continuam a fazer pouco em favor dos homens e muito em favor das mulheres. Porquê?

          Os executivos masculinos estão sujeitos a pressões de mulheres individuais (amigas, membros da família, etc), e ainda grupos de pressão femininos. O feminismo criou o lema, “o pessoal é político”, tornando assim o quarto num campo de batalha, forçando os homens a escolher entre o seu casamento e os seus princípios, entre amor e integridade, entre a saúde e a pobreza. As políticas feministas contribuíram muito para a conversão da família de um só salário em família de dois salários. Enquanto a necessidade de trabalhadores aumentou ao mesmo ritmo de sempre a oferta quase duplicou em poucos anos. Os salários estagnaram enquanto os lucros aumentaram e os executivos masculinos que prosperaram em resultado têm um interesse oculto em perpetuar o sistema feminista e apoiar o sexismo feminista.

          Eis um exemplo de comportamento masculino feminista: Num encontro regional, em que estive presente na qualidade de representante da união dos professores, o presidente, que era companheiro de uma destacada feminista, começou o encontro informando-nos em que piso estavam os sanitários, dizendo, textualmente, que as portas dos sanitários femininos funcionavam com um código, mas os masculinos não, porque os homens eram demasiado estúpidos para entenderem códigos! Ninguém protestou sobre esta saída altamente sexista, mas logo que olhou ao longo da sala recebeu olhares de apoio pelo seu comportamento por parte das mulheres. Imagine-se a reacção que seria se se tivesse dito que as mulheres eram demasiado estúpidas para entenderem fechaduras de código.

          Como podem elas continuar a ter este comportamento? Onde estão os grupos que falam a favor dos homens? O número de grupos de pressão femininos excedem largamente os dos homens. Por exemplo, em Dezembro de 1999, uma pesquisa no “Alta Vista” sobre direitos dos homens deu um resultado com 2.256 páginas, enquanto fazendo a mesma pesquisa para direitos das mulheres deu 30.527 páginas, isto é, 17,5 vezes mais. A evidência de como as feministas dominam os assuntos de carácter sexual provém do facto de as vozes masculinas que se levantam nesta área serem silenciadas pela pressão opressiva feminista sobre os executivos políticos. Nesta base, podemos sugerir que as mulheres têm cerca de 17,5 vezes mais poder que os homens nas sociedades ocidentais.

          Há várias formas de poder na sociedade:

1.      O poder dos executivos, tais como os políticos e juizes;

2.      O poder militar e da polícia;

3.      O poder dos meios de comunicação social;

4.      O poder do sistema educacional para inculcar valores;

5.      O poder dos grupos de pressão para influenciar os meios de comunicação social, políticos e burocratas;

6.      O poder dos burocratas para interpretar legislação e regulamentos.

Este último tipo de poder está também actualmente em grande parte nas mãos das mulheres: Os estudos têm mostrado que os homens se concentram mais em empregos que envolvem trabalho com objectos, enquanto as mulheres se concentram mais em ocupações que lidam com o público.

          Na Nova Zelândia os homens ultrapassam em número as mulheres nas seguintes actividades:

7.      Agricultura, floresta e pesca, numa relação de 107 300 para 49 900;

8.      Trabalhos manuais, numa relação de 195 000 para 86 300;

9.      Construção civil, numa relação de 195 300 para 12 500;

10.    Transportes, armazenagem e comunicações, numa relação de 70 300 para 34 000.

Por outro lado, as mulheres ultrapassam em número os homens nas seguintes actividades:

a)      Educação, numa relação de 89 600 para 41 000;

b)      Saúde e serviços à comunidade, numa relação de 98 400 para 23 100.

Noutras categorias, como por exemplo, “vendas por grosso e retalho”, “serviços públicos e financeiros”, “outros serviços” e “não especificados”, os homens e as mulheres estão presentes em quantidades aproximadamente iguais. Embora estes números sejam os da Nova Zelândia, os números não são significativamente diferentes noutros países ocidentais. Isto dá às mulheres uma desproporção de poder na administração e interpretação de leis e regulamentos que afectam as vidas de homens, mulheres e crianças. Sempre que um homem ou rapaz contacta com um profissional de serviço social, um professor, um psicólogo do tribunal, etc., essa pessoa é provavelmente uma mulher, ou se não for nesse momento uma mulher, é um membro de um grupo profissional fortemente dominado por mulheres.

Misandria na moda

Actualmente, o feminismo está tão na moda que a neta de Mussolini, líder de um partido neo-fascista, se assumiu como feminista. No entanto, o feminismo do século XX está alojado principalmente em tendências políticas de esquerda, particularmente o marxismo. Esta é a parte do espectro político que gosta de usar a palavra “opressão”.

Sem dúvida que vários grupos étnicos ou sociais “oprimem” outros grupos étnicos ou sociais em todo o mundo, em vários graus e de diferentes modos. Mas a relação entre homens e mulheres é muito mais cooperativa do que a relação entre grupos étnicos, porque homens e mulheres precisam (ainda) uns dos outros para constituir família. Os grupos étnicos não são normalmente tão indispensáveis uns aos outros.

Deste modo aplicar o modelo da opressão a relações homem-mulher só tem sido possível a nível académico forçando os homens à resignação e fazendo-os temer pelas suas carreiras ou casamentos se manifestarem publicamente a sua discordância. Assim o campo dos estudos sobre mulheres foi intencionalmente isolado da necessidade do rigor de uma análise académica, o que lhe permitiu uma natureza inteiramente polémica.

          Ironicamente, há uma contradição considerável entre a visão marxista e feminista da noção de poder político. O marxismo define um “capitalista” como alguém que faz dinheiro de dinheiro, isto é, que directa ou indirectamente faz dinheiro a partir do trabalho de outras pessoas, mais do que do seu próprio trabalho produtivo. Os capitalistas usam o seu dinheiro para influenciar o sistema político, incluindo os executivos, que são normalmente eles próprios capitalistas. Para os marxistas não interessa a classe de onde provém os executivos desde que haja evidência de que tomam decisões a favor de uma classe particular. Os marxistas deverão achar este ponto de vista simplista e ingénuo.

          As feministas, por seu lado, confiam fortemente na fraude do domínio masculino. Apontam o número de executivos como evidência de que o sistema político favorece os homens. Isto é extremamente superficial e tem florescido apenas devido à falta de intelecto, de objectividade e de empenho masculino em estudos nesta área. Deste modo, os estudos sobre mulheres são realmente uma ideologia mais do que uma disciplina académica. Como tal, a sua popularidade deve entrar em decadência.

          As ideologias são consanguíneas das religiões. Como as religiões, uma ideologia tal como o feminismo ou o marxismo, é mais ou menos compatível com qualquer posição da evolução política no mundo real. Todos os teólogos e ideólogos merecedores do seu titulo podem explicar qualquer acontecimento como sendo irrelevante para as suas crenças, e por compatível com elas. No entanto, as religiões têm outra universalidade que lhes dão maior durabilidade que as ideologias. Os desastres políticos, económicos e militares tendem a ser atribuídos aos governantes e à sua ideologia, mais do que à religião. Deste modo as ideologias vão e vêm.

          O marxismo já não é mais a força que foi. O feminismo tem permanecido para além da queda do marxismo, e tem tendência a enfraquecer com a queda deste, devido à união de facto entre os dois (por exemplo, The Dialectic of Sex: The Case for Feminist Revolution, Shulamith Firestone, 1971). O feminismo começou por ser uma ideologia sem valor, mas rapidamente evoluiu e ganhou estatuto. Isto ajuda a remover a cegueira dos homens hipnotizados pelos seus gritos de opressão. De facto, estou satisfeito por a Nova Zelândia (no momento em que escrevo este livro) ter uma primeira ministra, uma líder do principal partido da oposição, uma chefe da justiça, e uma presidente da maior empresa do país (a Telecom), visto que torna difícil às feministas sustentarem que todas as mulheres são vítimas do “patriarcado”. Como as feministas consolidaram o seu poder, o povo verá nelas a autoridade. Com este tipo de situação tornar-se-á evidente a situação que durante tanto tempo tentaram esconder, o que não ajuda a sociedade mas contribui para o seu declínio.

          Outro factor de destruição do feminismo é a sua mentalidade. Tipicamente, isto atinge os homens capitalistas brancos como agentes de opressão. Devido ao declínio do marxismo, no entanto, poucos embarcam actualmente nesta ideia. O marxismo esteve na vanguarda da pesquisa sobre minorias oprimidas. A sua estratégia foi identificar e unir estes grupos numa espécie de coligação de vítimas, ou “esquerda alargada”. O feminismo foi rápido na proclamação de que as mulheres também eram uma minoria oprimida (apesar de estarem normalmente em maioria). Isto tornou o feminismo e o marxismo aliados políticos naturais. Com a falta de suporte da teoria política do marxismo, as feministas têm que se converter ao capitalismo sem perderem o seu estatuto de vítima (Por exemplo, Fire With Fire: The New Female Power and How to Use It, Naomi Wolf, 1994). Deste modo, elas têm tido pouco sucesso em lidar com transição mantendo intacto o seu estatuto de vítima.

          No entanto, será contraproducente para nós sentarmo-nos sobre as mãos e assumirmos que a guerra já está ganha! Qualquer um consciente do mal perpetrado pelas feministas quererá contribuir para pôr um fim nisto tão depressa quanto possível. Assim que o feminismo atingir o seu auge (o que não deverá demorar muito), alguns dos nossos esforços serão canalizados para um projecto de mundo pós-feminista, onde os direitos humanos e os interesses dos homens, mulheres e crianças (nascidas ou não) serão tidos em conta.

O feminismo de Firestone

Shulamith Firestone é uma influente escritora feminista que usou o marxismo como ponto de partida. Começou por citar e elogiar o teórico comunista de século XIX Engels, apesar de saber que não iria suficientemente longe:

Engels não viu que a divisão original do trabalho era entre o homem e a mulher com o objectivo de educar as crianças. No seio da família o marido era o proprietário, a esposa o meio de produção, e as crianças o trabalho, e esta reprodução da espécie humana foi um sistema económico importante distinto dos meios de producção (Firestone, The Dialectic of Sex, 1971, New York: Bantam, págs. 4-5).

Mesmo se tivermos um ponto de vista curto e físico da reprodução, a análise de Firestone é muito distorcida. O homem, tal como a fêmea, é parte do meio de reprodução, e muitos actos de penetração sexual são normalmente necessários por cada fertilização. Além disso, o homem despende normalmente muito mais energia no coito do que a mulher. Se houverem preliminares, como é frequentemente o caso nas sociedades modernas ocidentais, o homem é tipicamente muito mais enérgico também nesta fase.

          Além disto, o “proprietário” final das crianças varia muito de cultura para cultura e de época para época. O teste final, devo dizer, é quem fica com a tutela das crianças no caso de separação ou divórcio. No mundo ocidental, é quase sempre a mãe. Assim, no mundo ocidental contemporâneo, pelo menos, a mulher é a “dona” do “produto”. Em cerca de 90% dos casos, de acordo com o consenso dos activistas dos direitos dos pais na internet, as mães ficam com a tutela total das suas crianças após o divórcio ou separação. Esta tendência contra os pais toma por vezes a forma de “doutrina natural de criação”, isto é, a crença de que a pessoa que tem mais contacto no dia-a-dia com a criança, é a melhor para ficar com a tutela da criança após o divórcio ou separação dos pais.

          É um facto bem documentado que os pais têm grande dificuldade na obtenção da tutela devido a um perverso preconceito anti-pai que continua a existir em muitos tribunais de família (www.deltabravo.net/custody/index.shtml).

          Ainda mais, a reprodução propriamente dita inclui todos os anos que são devotados à criança na alimentação, alojamento, educação, etc.. Normalmente, como principais assalariados, os pais despendem uma proporção substancial do seu tempo e salário para este fim. Se, como acima referido, é a mãe que é a verdadeira “dona” das crianças, então é realmente a mãe que explora o pai neste sistema económico particular. Quando tomamos consciência desta situação, vemos que os homens são a verdadeira minoria oprimida da actual sociedade ocidental. Eles constituem a verdadeira minoria, e não as mulheres, que são uma maioria privilegiada trávestidas pelas feministas de minoria oprimida.

          A comparação das mulheres com as minorias oprimidas tem sido geralmente feita de um modo completamente desequilibrado. A sua procura de semelhanças entre as mulheres e os grupos genuinamente minoritários tem sido mais que uma pequena tendência. As diferenças óbvias entre as mulheres e as minorias genuinamente oprimidas, por outro lado, tem sido propositadamente ampliado. Por exemplo:

1. As mulheres estão numericamente em maioria;

2. As mulheres têm uma esperança média de vida superior aos homens;

3. É feita muito mais investigação sobre saúde feminina que sobre saúde masculina;

4. A ginecologia é uma especialidade autónoma da medicina, mas o equivalente masculino está incluído na generalista urologia;

5. As mulheres têm direito de voto, mas não têm o dever de serviço militar ou um serviço alternativo em países onde este existe, como por exemplo, Alemanha ou EUA;

6. Em caso de separação é muito mais frequente que a tutela dos filhos seja dada às mães que aos pais.

7. Muitos mais homens que mulheres estão na prisão.

Há razões objectives para as alterações recentes nas relações homem-mulher: a pílula contraceptiva, instrumentos de poupança de trabalho doméstico e a mecanização do trabalho. Por eles próprios, estes desenvolvimentos, foram a porta de abertura do trabalho à mulher, o que teve um efeito dominó na nossa sociedade: as atitudes contra o assédio sexual mudaram, os locais de comida rápida entraram em grande expansão visto que menos mulheres estão em casa a fazer as refeições tradicionais, etc.. A propaganda feminista facilitou este processo, mas de modo negativo. Etiquetando as mulheres de minoria oprimida, obtiveram para elas próprias um número de privilégios (como por exemplo, a quase automática tutela das crianças em caso de separação ou divórcio) a somar àqueles de que já gozavam como resultado do cavalheirismo masculino.

Ironicamente, as feministas acreditam nas suas próprias mentiras. Elas normalmente nunca procuram a igualdade com os homens em áreas onde os homens estão em desvantagem em comparação com as mulheres. De quantas manifestações já se ouviu falar onde as mulheres exigiam ser recrutadas para o serviço militar na mesma base dos homens? Certamente, muitas feministas são suficientemente desumanas para usarem as suas posições de poder para fazerem avançar a sua causa. Até que ocorram estas mudanças, será uma boa ideia promover ainda mais mulheres a posições de ainda mais poder? Como diz o “falso profeta”:

Não há razão para exaltar os meigo e os humildes. Eles não permanecerão mais meigos e humildes, uma vez exaltados (Martin Burke, the “False Prophet,” http://blog.jazy.net/1997/01/interview-with-the-false-prophet/).

          O feminismo faz, actualmente, de tal modo parte do poder no ocidente que é difícil às pessoas imaginarem qualquer outro ponto de vista. Um dos poucos contextos em que tais pontos de vista alternativos podem ser vislumbrados é a seguinte descrição do debate que procedeu a apresentação de um curso de “introdução à teoria feminista” numa universidade americana no início da década de 1980:

          À cerca de oito anos atrás, quando decidi desenvolver no Williams College um curso intitulado “introdução à teoria feminista”, alguns dos meus colegas tiveram duas reacções predominantes e em grande parte inconsistentes. Um colega rotulou o curso de “polémica política”. Parecia que tinha visto a teoria feminista como uma ideologia monolítica na qual estudantes insuspeitos deveriam ser indouctrinados.  Outro colega criticou o curso por razões quase opostas: De todo, não viu nada de teórico sobre a teoria feminista. Dando eco a muitas críticas prematuras do pensamento feminista, ele descreveu o curso, como uma mistura aleatória de lamentos, mas mal analisados, da subjugação das mulheres (Tong: Feminist Thought: a Comprehensive Introduction, Boulder, Colorado: Westview Press, 1989, p. 1).

          Rosemarie Tong ganhou o debate, e os estudantes do Williams College (como em qualquer outro lugar) deveriam ter ouvido um pouco mais sobre os possíveis argumentos contra o feminismo. Em vez disso, muitos estudantes insuspeitos foram indouctrinados numa ideologia que, apesar de não ser monolítica, foi baseada no axioma de que as mulheres eram oprimidas, e foi dedicada à libertação das mulheres da sua suposta opressão.

          Há também alguma validade na critica de que o feminismo não é uma teoria (ou grupo de teorias relacionadas) mas uma colecção aleatória de lamentos (ou uma “chatice organizada”).

          O nível intelectual dos argumentos exibidos pelas feministas é normalmente muito baixo, e resume-se frequentemente a ataque ao homem, porque não são obrigadas a defenderem-se de criticas sistemáticas e organizadas de outras escolas de pensamento, como acontece com a maioria das outras disciplinas académicas. As pessoas que leiam o que as feministas escrevem são normalmente já crentes, e algum académico que discorde é normalmente intimidado pelo medo do que as feministas possam fazer-lhes a eles ou às suas carreiras por terem levantado a voz para discordar. Então a melhor analogia com um departamento de estudos sobre mulheres é um colégio de teologia.

          Outra razão para a pobreza de conteúdo do pensamento feminista é que o feminismo é, primeiro que tudo, um movimento político. Tal como o marxismo, o feminismo está mais interessado em mudar o mundo do que analisá-lo. Deste modo, na maioria dos casos, elas não param um pouco para lançar um olhar equilibrado e racional sobre a sociedade.

          Uma terceira razão para a pobreza do feminismo, é que este se refere à sociedade, o que significa que a teoria feminista só pode ser tão desenvolvida quanto a sociologia como todo. Muitas pessoas concordarão que a sociologia está longe de alcançar um estado de desenvolvimento científico de uma disciplina, como por exemplo, a química. Talvez seja por isto que a sociologia atrai tantos estudantes de esquerda.

 

Conclusão

O feminismo é uma teoria intelectualmente pobre, e não sobreviverá a um ataque sistemático logo que a fraude do poder masculino seja desmascarada. O que falta agora principalmente, entre os académicos masculinos, é a coragem para criticar a liderança feminista. Até que isto mude, a denuncia do feminismo virá principalmente de mulheres académicas e homens não académicos.

 

Prefácio à edição portuguesa

Prefácio

Introdução: O que é o feminismo?

1 – Narcisismo feminista e poder político   

2 – Circuncisão versus opção

3 – A educação mentirosa

4 – Mentiras, danadas mentiras e as estatísticas das Nações Unidas 

5 – Questões de emprego e a mentira de que “as mulheres podem fazer qualquer coisa”

6 – Acusações falsas e a mentira do abuso das crianças  

7 – As mentiras da violência doméstica; o homem num beco sem saída

8 – A Mentira do sistema judicial masculino

9 – Aborto e direito de optar

10 -- Violação: ter a faca e o queijo na mão

11 – Linguagem sexista: pensará satanás que é homem?

12 – A mentira da igualdade

13 – Endoutucação pelo complexo meios de comunicação social / universidade

14 – A fraude do domínio masculino

15 – Manifestações do feminismo

Notas

Bibliografia

Fontes na Internet

FAQ

Webmaster

Peter Douglas Zohrab

Latest Update

19 June 2015

Top