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Sexo, Mentiras e Feminismo por Peter Zohrab

O tradutor: Jacinto Castanho

CAPÍTULO 10: A MENTIRA DA IGUALDADE

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Introdução

             Uma das maiores mentiras feministas é que elas defendem a igualdade. Esta mentira foi tão bem sucedida e aceite que elas ficam chocadas sempre que alguém ousa desafiar a sua sabedoria apontando o absurdo das suas declarações como quem grita que o rei vai nu.

          Quando a jornalista de rádio Kim Hill numa entrevista me pediu que definisse feminismo, por exemplo, ficou surpreendida quando eu afirmei que a igualdade não era uma das suas preocupações: elas agarram em assuntos específicos e definem o que elas entendem por “igualdade” com respeito a estes assuntos aparte tudo o resto(1).

          Por exemplo, como temos observado as feministas reclamam prémios em dinheiro para as tenistas iguais aos dos seus colegas masculinos, ignorando que as mulheres já recebem mais dinheiro por jogo que os homens. Vamos por um fim neste “separados mas iguais excepto quando isto não nos serve”. Outro exemplo, é o de as mulheres obterem o privilégio do voto sem a obrigação de servirem nas forças armadas. Ou de como as feministas obtiveram a liberalização das leis do aborto, mas apenas para as mães. Os pais não têm opção, apenas a obrigação de pagar!

          Assim no que as feministas estão a trabalhar é numa igualdade sexual selectiva, isto é, seleccionam os itens, definem o significado de “igualdade” e definem a ordem de trabalhos. O que isto prova é que “igualdade” é, para elas, um pouco mais que um lema: Uma bandeira sob a qual elas juntam as tropas e enganam as suas presas. Se elas estivesse verdadeiramente preocupadas com a igualdade, convidariam grupos masculinistas para se juntarem a elas numa coligação para escolher os assuntos a discutir, determinando juntos soluções de compromisso para chegar a uma verdadeira igualdade de sexos. Alguns masculinistas como Warren Farrell (www.warrenfarrell.com), autor de Women Can Not Hear What Men Do Not Say (as mulheres não podem ouvir o que os homens não dizem), o activista Richard Doyle, da Associação de Defesa dos Homens (www.mensdefense.org), e assuntos tais como o aborto, quotas, circuncisão, infanticídio, recrutamento e serviço militar, leis do divórcio, violência doméstica, acusações falsas, leis sobre prova em tribunal, tendenciosidade dos meios de comunicação social, saúde e longevidade masculina, estudos masculinos, ministério dos assuntos dos homens, tendenciosidade policial, violação, abuso sexual e falsas reminiscências, linguagem sexista, leis sexistas, separação nos desportos, síndromas e defesas legais, leis sobre impostos e tendenciosidade dos professores (http://equality.limewebs.com/manifest.html).

 

A mentira da igualdade

             As feministas jogam facilmente com palavras como “igualdade” ou “equidade”, mas raramente as usam com um significado preciso. O que elas realmente pensam sobre o mérito relativo dos homens e das mulheres só se torna claro quando as apanhamos desprevenidas, quando pensam que estão a falar de outra coisa qualquer.

          Fran Wilde, a primeira autarca de Wellington, na Nova Zelândia, é uma feminista. Na sua campanha eleitoral chegou até a fazer uma reunião onde manifestou a intenção de tornar Wellington a primeira cidade feminista. De acordo com um artigo no jornal Dominion, desta cidade, no feriado do dia das comemorações em honra dos mortos de guerra da Nova Zelândia, Fran Wilde esteve no cenotáfio de Wellington, e disse:

Lembramos que os homens que morreram na guerra foram importantes, mas é igualmente (ênfase do autor) importante reconhecer os sacrifícios e experiências das mulheres frequentemente desvalorizadas.

          O seu uso da palavra “igualmente” é de pasmar, porque cerca de 1000 homens neozelandeses foram mortos na Segunda Guerra Mundial, 3000 foram feridos e cerca de 2000 foram feitos prisioneiros. Podemos adicionar a este número, os milhares de homens que foram mortos, feridos ou capturados na Guerra de Boer, na Primeira Guerra Mundial, na Guerra da Coreia, na Guerra do Vietname, e em várias operações de paz das Nações Unidas. Para Fran Wilde, o que estes milhares de homens sofreram foi “igualmente” balanceado por um grupo de cinquenta enfermeiras que foram servir no Médio Oriente na Primeira Guerra Mundial, mais uma mulher que trabalhou em cantinas e trabalhou na prevenção de doenças venéreas entre as tropas. O número total destas 51 mulheres neozelandesas que foram capturadas, feridas ou mortas é precisamente zero.

          Por admirável que tenha sido o trabalho destas mulheres, a maioria de nós concordará que zero mulheres mortas é um número menor que milhares de homens mortos. Evidentemente, no entanto, a matemática feminista está em desacordo. Na sua ideologia, o trabalho de 51 mulheres é mais valioso que o trabalho e a morte de milhares de homens. Aqui temos o ponto de vista feminino da “igualdade” sexual numa fórmula matemática:

As vidas de milhares de homens igual a um mero desarranjo no estilo de vida de 51 mulheres.

Qualquer masculinista que esteja ciente da opressão feminista dos homens não terá dúvidas que isto constitui uma desvalorização grosseira dos direitos, interesses e sacrifícios dos homens, mas pelo menos isto dá-nos uma ideia da dimensão do problema!

Masculinismo Liberal

Os masculinistas liberais gostariam de concordar com as feministas nas consequências da sua mentira da igualdade: a igualdade sexual tem estado em queda rápida. Há uma prodigiosa investigação feminista e uma indústria de propaganda nos países ocidentais e nas Nações Unidas (por exemplo, departamentos de estudos sobre mulheres, ministérios dos assuntos das mulheres, a Associação Americana da Universidade das Mulheres, a Organização Nacional para as Mulheres, Ms Magazine, etc.) que, sob o enganoso  apelo à “igualdade” inundaram a vida política com questões que escolheram, definiram e “solucionaram” de forma unilateral. Porque não permitem que grupos de pressão masculinos dêem o seu contributo neste processo político, os direitos dos homens estão a sofrer erosão como lodo sob o dilúvio das  afirmações feministas. Por exemplo:

1. Os direitos dos homens na família (divórcio, separação, tutela, direito de visita, propriedade matrimonial, paternidade, etc.);

2. Direitos dos homens no local de trabalho (assédio sexual, igualdade de oportunidades no emprego, etc.)

3. Direito dos homens à vida e à saúde (longevidade, despesas com a saúde dos homens, circuncisão, recrutamento, etc.)

4. Direitos legais dos homens (a invenção de que há mais crimes nos homens e mais vítimas nas mulheres, atenuantes (como síndromas, estados depressivos e hormonas) para crimes perpetrados por mulheres, descriminalização de crimes predominantemente femininos, aumento das penas para crimes predominantemente masculinos)

No entanto, o céu é o limite. O único limite real é o poder inventivo das feministas. Poderia ser pior, razão pela qual me sinto feliz quando consigo frenar ou parar a avalanche feminista. Vale a pena insistir!

Alguns escritores, tais como Christina Hoff Sommers (1994: Who Stole Feminism?, Simon and Schuster), fazem distinção entre feministas preocupadas com igualdade/equidade e aquelas que o não estão, mas eu penso que isto é uma distinção artificial. Em termos da sua táctica política em sociedades democráticas, as feministas de todas as espécies consideram útil invocar as palavras “igualdade” ou “equidade”. Na prática, nenhuma feminista, actualmente, está interessada em igualdade sexual.

Nenhuma feminista até agora propôs uma conferência de activistas masculinos e femininos com o objectivo de ouvir todos os pontos de vista e chegar a uma solução que reunisse igualmente o consenso de todos os intervenientes. Por exemplo, numa conferência legislativa na Nova Zelândia a professora de direito canadiana Sheilah Martin propôs um tratado entre homens e mulheres. Por correio electrónico propus-lhe que deveria haver representação de grupos de Direitos Masculinos em qualquer conferência destas. Pôs o assunto de lado dizendo que o que tinha em mente era um tratado do tipo dos que países como o Canadá e a Nova Zelândia têm com as suas minorias pré europeias, com as mulheres a representarem a classe minoritária.

Estes tratados envolvem normalmente o governo (o qual a minoria ajudou a eleger) de um lado e a designada minoria do outro. Na proposta de Sheilah Martin, isto teria a forma de um tratado entre um governo (eleito principalmente por mulheres) de um lado e grupas feministas por outro, sem qualquer representação de grupos de pais ou homens. Se é isto que distingue umas feministas das outras, bem precisamos de um microscópio para perceber as diferenças.

          Alguma confusão existe com as palavras “igualdade” e “equidade” nos meios políticos. A palavra “equidade” significa qualquer coisa como “honestidade”, e onde quer que seja usada será em favor da honestidade. O problema, em teoria política, é a escolha de padrão pelo qual decidimos o que é honesto e equitável. É aqui que aparece a palavra “equidabilidade”. A ideia no pensamento político ocidental é que o único modo de chegar a um estado de equidabilidade é resolver os assuntos com todas as partes envolvidas. Gail Tulloch (1989: Mill and Sexual Equality, Hemel Hempstead: Harvester Wheatsheaf) deu conta da dificuldade de ser claro sobre o significado de “igualdade”:

          A própria equidade ... é um atributo ... equidade é um conceito relacional e deve ser baseado num atributo comun. Uma tábua pode ser maior que uma fatia de bolo. Um cão e um gato são diferentes, mas nem por isso desiguais. É até difícil colocar a questão se um gato e uma roseira são iguais. O único sentido que pode ser dado a esta especulação é imaginar uma situação em que o meu gato está persistentemente a usar a minha magnifica roseira para arranhar descascando-a nesta actividade. Mas aqui eu não posso perguntar qual dos dois está certo, e resolver o problema deste modo. Em vez disso eu tenho que estabelecer as minhas prioridades, em termos de importância relativa para min e meter os dois numa escala de preferências, e provavelmente decidir qual ficará em casa e qual deverá abandoná-la (página 181).

          “A tábua pode ser maior que a fatia de bolo” escreveu ela, mas (deixa implícito) nunca perguntamos se a tábua e fatia de bolo são iguais. Porquê? A razão implícita no discurso de Tulloch é que eles não partilham atributos comuns. Equidade é uma relação entre duas ou mais entidades, não havendo nenhum parâmetro ao atributo relevante (acredita Tulloch) sobre o qual uma tábua e uma fatia de bolo se relacionem. Mas será isto verdade actualmente? Não. Em termos de preço (valor relativo), por exemplo, podemos perguntar se o preço de uma tábua é maior, igual ou menor que o de uma fatia de bolo. A economia é uma grande niveladora. Tal como para outros parâmetros como comprimento, altura, peso, volume, massa, densidade, teor em açúcar, combustibilidade, rigidez, conductividade, etc.. Quase podemos perguntar se uma tábua e uma fatia de bolo são iguais em relação a estes critérios.

          No entanto, temos que explicar porque é que Tulloch escolheu uma tábua e uma fatia de bolo, como exemplo de itens não comparáveis. A possibilidade é que Tulloch, tal como a maioria das pessoas sem dúvida, vê as funções da tábua e da fatia de bolo na sociedade humana de tal modo distintas que a ideia de que tenham alguma coisa em comum não lhe ocorreu. A questão política é que a questão da equidade é relevante apenas se as funções do que estamos a comparar são similares. Se nós queremos comparar os homens e as mulheres, como as feministas vulgarmente fazem, então a primeira coisa que temos que perguntar é se as funções do homem e da mulher são suficientemente similares. Não estou a sugerir que seja impossível compará-los se as suas funções forem diferentes. Mas, tal como a tábua e a fatia de bolo, a comparação não será particularmente relevante se as funções forem muito diferentes.

          Este é o âmago do paradigma que o feminismo deu à história humana: A posição pré-feminista ou não feminista tem sido que, globalmente, as funções do homem e da mulher são e deverão ser distintas, e neste caso a questão da equidade é irrelevante. A posição feminista, evidentemente, tem sido sempre que as funções do homem e da mulher deverão ser mais ou menos idênticas e que deverão ser tratados do mesmo modo enquanto executam estas funções idênticas.

          Isto explica o paradoxo do poder do movimento feminista em tempo de guerra. O facto de a sociedade chamar as mulheres a assumirem os lugares deixados vagos pelos homens recrutados pelo serviço militar faz as funções dos homens e das mulheres parecerem (embora temporariamente) muito mais similares, e então a noção e equidade torna-se aparentemente relevante.

          Então o âmago da questão é se as funções dos homens e das mulheres na sociedade podem ser tão idênticas que a verdadeira equidade entre homens e mulheres pode ser estabelecida. Algumas feministas estão a esforçar-se através deste argumento para produzir sociedades unissexo ou multi-género. Os masculinistas liberais deverão estar em geral de acordo com os motivos subjacentes a este argumento se (e este é um grande “se”) forem dadas aos homens oportunidades iguais em processos de política sexual. De outro modo, homens e mulheres acabarão com as mesmas funções excepto que os homens deverão permanecer com aquelas que as mulheres não querem.

Masculinismo conservador

Os masculinistas conservadores não rejeitam absolutamente a ideia de igualdade, mas dão mais importância à equidade porque a relação entre os sexos é significativamente diferente da relação entre os vários grupos sociais e raciais aos quais o modelo da “igualdade” foi primeiramente aplicado:

Os tribunais não podem tratar as mulheres do mesmo modo que tratam as minorias raciais. ... O governo não pode dar tratamento diferente ou regalias diferentes às raças. ... Nenhuma regra pode ser concebida com respeito aos homens e às mulheres, porque a nossa sociedade sente fortemente que existem diferenças relevantes e que estas devem ser respeitadas pelo governo. Para dar os exemplos mais óbvios, nenhuma cidade pode constitucionalmente impor sanitários diferentes para os brancos e para os negros, mas pode certamente fazê-lo para mulheres e homens. Do mesmo modo, as forças armadas não podem dispensar um grupo racial do dever de combater mas podem seguramente manter as mulheres fora de combate (Bork, 1990, página 329).

Homens e mulheres, sobretudo, penetram-se, sendo esta a única relação primária necessária à preservação da espécie. É uma relação de dependência mútua. Há ainda, diferenças físicas entre homens e mulheres que fazem com que tenham papeis sexuais diferentes, o que implica o aparecimento de leis sobre estes assuntos como, por exemplo, a violação.

Um dos principais objectivos de qualquer sociedade é assegurar a sua própria sobrevivência através da procriação e educação da descendência. Isto é normalmente feito através de cooperação e interdependência entre os sexos. A tecnologia médica pode eventualmente oferecer outras opções, mas é com certeza demasiado prematuro estar a avançar com especulações deste tipo de mudanças. As opções tecnológicas não são satisfatórias, o que gera uma interdependência que complica as tentativas feministas de aplicar o seu modelo “igualdade” às relações homem-mulher. Pondo as coisas de maneira simples, se os distintos grupos devem cooperar e se, por natureza, têm funções complementares (mais do que idênticas), será a igualdade significativa, ou apenas apropriada ou desejável? Se não, deveremos nós trabalhar em algum critério de equidade baseado em mais alguma coisa que a igualdade, tal como, “direitos iguais e responsabilidades iguais”? (Van Mechelen, 1993, www.backlash.com/book/light.html)

Dimorfismo sexual

          As feministas pressionam frequentemente as mulheres dizendo-lhes que elas devem querer substituir os homens nas suas funções tradicionais. Este estado de consciência transpira nos encontras feministas e cursos de mulheres, cinema e espectáculos de televisão, revistas e editoriais de jornais. Deste modo, elas encorajam as mulheres a entrarem em ocupações tradicionalmente masculinas, mesmo aquelas mal pagas ou de baixo nível. Como se isto fosse o único meio de a mulher se tornar tão importante como o homem.

          Claro que muitos homens concordam que o trabalho inicialmente reservado aos homens é de algum modo mais importante que o reservado às mulheres. De facto muitos homens são levados a acreditar nisto desde o berço, porque muitos aspectos da função masculina envolve certos sacrifícios e desvantagens (isto é, mais baixa esperança de vida, cavalheirismo, recrutamento militar) para que os homens não são voluntários onde não há qualquer compensação em termos de estatuto. Mas porque vão as feministas cair neste ponto de vista distorcido?

          Tradicionalmente, as mulheres têm um sentido calmo da sua superioridade em relação aos homens que lhes permitem fazer face aos diferentes sacrifícios e desvantagens que as suas funções exigem. As feministas, no entanto, parecem acreditar que o papel tradicional das mulheres é inferior, e esta confusão de papeis (a inveja do pénis?) é a verdadeira causa e origem do feminismo. Muitos dos escritores iniciais, a começar por Mary Wllstinecraft, tem praticado lesbianismo ou bissexualismo, o que pode explicar esta confusão de papeis. Camille Paglia, uma lésbica carismática e anti-feminista pode ser a excepção que prova a regra.

Considerando que isto não prova necessariamente que o feminismo está errado, alguns factores objectivos, como a melhoria da contracepção e dos electrodomésticos que poupam esforço em casa, tem dado a ideia que faz sentido a mulher assumir parte do papel tradicional do homem. Mas até onde poderá ir esta ruptura da ligação entre os sexos? O dimorfismo sexual pode dar a resposta.

          O dimorfismo sexual (caracteres secundários que permitem distinguir o macho da fêmea) é comum entre organismos vivos que se reproduzem sexualmente. Algumas vezes o dimorfismo é complementado ou substituído por características não visuais, tais como o cheiro, etc., ou por comportamentos específicos de sexo. Obviamente, isto será muito ineficiente, do ponto de vista de sobrevivência da espécie, se os seus membros tiverem dificuldade em utilizá-lo para distinguir os machos das fêmeas.

          Entre os humanos, os papeis sexuais ajudam a distinguir os homens das mulheres. Não pretendo sugerir que seremos extintos se os papeis femininos e masculinos se tornarem idênticos, uma vez que permanecem outras características tais como roupa, cosméticos, cortes de cabelo, tom de voz, etc.. Ironicamente, algumas pessoas estão tão preocupadas com a sobrepopulação que defendem a abolição das distinções sexuais como forma de limitar a reprodução humana. As feministas, no entanto, parecem pensar que é suficiente estabelecer a identidade dos papeis femininos e masculinos. Dizem, então, que o facto de puderem ser idênticos prova que os deveremos tornar idênticos. Mais uma vez, as suas pretensões ocultas parecem ser que os papeis masculinos e femininos não podem ser iguais a não ser que sejam idênticos. Para Alexander a chave está na liberdade de escolha:

          O lugar da mulher na vida limitou, no passado, as suas oportunidades de realização intelectual e criativa. A responsabilidade de educar as crianças e do trabalho doméstico deixava pouco tempo para a maioria das mulheres para estas actividades. E se a civilização se tornou mais pobre por isto, tornou-se também mais pobre, porque os homens foram forçados a desempenhar uma papel estereotipado que deixou subdesenvolvida parte da sua humanidade (Alexander: A Woman’s Place?, Hove: Wayland, 1983, p.17).

          Como é normal, há muitas pretensões ocultas nesta área de reivindicação feminista. Que proporção da população feminina sente normalmente necessidades criativas e intelectuais? Sou levado a pensar que é apenas uma pequena proporção da classe média.

          Além disso, será que as responsabilidades a que os homens estão tradicionalmente obrigados lhes deixam mais tempo para realização intelectual e criativa do que às mulheres? Na verdade, muitas mulheres, incluindo escritoras feministas, têm tempo para a realização dos seus sonhos precisamente porque têm relativamente poucas exigências. Algumas vezes mesmo, graças à abundância de electrodomésticos, da pílula e de um marido trabalhador, levam uma vida de parasitismo caseiro, que as deixa cheias de tempo disponível para actividades que o seu marido está impedido de ter por ter sido apanhado nas teias de uma profissão exigente. Se estas mulheres pretendem ter empregos a tempo inteiro, quanto tempo disponível terão para escreverem livros sobre a sua pretensa infelicidade?

          Um exemplo é Cynthia Smith, autora de alguns livros esclarecedores como Why Women Should Not Marry (Porque é que as Mulheres não Devem Casar). Graças ao seu (ex ou actualmente falecido) marido, que foi médico, ela pôde dar-se ao luxo de escrever sobre a vida horrível das mulheres.

          Com poucas, embora notáveis, excepções, as mulheres que fazem do feminismo uma maneira de estar na vida têm um patrocinador financeiro. Normalmente um homem, uma organização ou fundos governamentais. Exemplos dos últimos dois são Patricia Ireland e Eleanor Smeal, assim como as mulheres que se tornaram professoras efectivas em programas de estudos sobre mulheres.

          Lamentas feministas, tais como o The Feminine Mystique (A mística feminina) de Betty Friedan, que reclama acerca dos problemas de ser uma dona-de-casa suburbana, são comparáveis ao queixume de uma criança mimada. Particularmente quando comparado com o que os homens sofreram nas duas guerras mundiais e outras guerras regionais ou civis. O feminismo resume a generalização de que as pessoas que se erguem em revolução são já frequentemente muito privilegiadas! O novo recurso feminino da TV, por exemplo, com certa frequência, passa sobre os acidentais mortais masculinos em teatros de guerra para se concentrar no que para eles é mais grave, ou seja, casos de violação que ocorrem nestes ambientes.

          Elas reclamam que são oprimidas, e jovialmente desvalorizam qualquer problema que os homens possam ter, e esperam que nós lhes demos atenção. Porque devemos fazê-lo? Quanto sofreu a nossa civilização pelo facto de muitas mulheres estarem a cozinhar, a limpar, e a cuidar de crianças, enquanto deviam era estar com os homens, de cara suja, em minas de carvão? As feministas não têm resposta. A civilização beneficia mais da exploração do carvão ou da educação de crianças? Será que as feministas cuidam de facto de crianças? Serão as suas preocupações relacionadas com o bem estar da sociedade, ou nem por isso?

          Normalmente as preocupações das feministas centram-se mais em tornar a mulher mais independente do homem através dos empregos e educação de crianças, ou em jogos de sedução? Porque pretendem elas que as mulheres sejam independentes dos homens? A resposta típica das feministas extremas é que os homens violam e abusam das esposas e namoradas. Mas isto não é provado pelos factos, como já expliquei em outros capítulos. Então qual é a verdadeira razão? As ideólogas feministas não gostam de homens a nível pessoal nem sexual, e toda a sua propaganda é meramente uma projecção do seu ódio e da sua orientação psico-sexual.

          Aparte a misandria feminista, se os homens começarem cada vez mais a fazerem os trabalhos domésticos e a cuidarem de crianças, não ficará a sociedade mais pobre por ficar privada do talento intelectual e criativo do homem? Se isto permite a estes homens desenvolverem em parte a sua humanidade que de outro modo ficaria mal desenvolvida, será que isto não implica que as mulheres que os substituírem na força laboral, sejam elas privadas da sua parte humana? Qualquer homem que se deixe persuadir por estes argumentas feministas deverá ser extremamente ingénuo ou sexualmente frustrado. Infelizmente, muitos homens são-no.

          As mulheres tendem a promover-se sócio-economicamente pelo casamento. Mas porque muitas mulheres actualmente têm bons empregos, torna-se mais difícil para elas encontrar um homem com o qual se possam promover através do casamento. Isto é, a procura de um alto estatuto exige agora homens com alto salário. Quando a procura de uma coisa aumenta, o seu preço aumenta proporcionalmente. No contexto sexual, isto significa que as mulheres tentam a toda a força tornar-se sexualmente mais atraentes para chamarem a atenção dos homens que acham mais atraentes. Como a competição sexual entre mulheres para este recurso escasso aumenta, as consequências emocionais e físicas das mulheres podem ser consideráveis, tornando insignificante o terrível aviso de Naomi Wolf em The Beauty Myth (O mito da beleza).

          Há diferenças naturais entre o homem e a mulher que nunca desaparecerão, como referiu Tiger (1990). As hormonas sexuais, por exemplo, tais como a testosterona, que provoca firmeza, um aumento de desejo sexual e agressividade quer em primatas quer em humanos. Mesmo antes da puberdade, os rapazes têm mais testosterona que as raparigas, mas após a puberdade a diferença entre os níveis de testosterona entre os sexos é dramática.

          Há diferenças entre a maturação das raparigas e dos rapazes, quer em humanos quer em primatas. De facto, alguns primatas masculinos demoram o dobro das fêmeas da sua espécie a atingirem a maturidade. Estas diferenças em humanos e mensurável, e é constante para todas as culturas.

          Há também evidência de que as mulheres riem mais que os homens. Diferenças sexuais deste género aparecem mesmo em bebés, às vezes com dois dias de idade. Alguns académicos consideram o sorrir um sinal de submissividade. Por isso concluem que a mulher é geneticamente programada para ser diferente do homem. Quer isto seja ou não verdade, não torna o papel feminino inferior: se o evitar a violência é uma das razões das mulheres viverem mais que os homens, então poderemos considerar que isto é uma estratégia superior.

          Finalmente, a menstruação, que as feministas tentam usar o mais possível. Com base na pesquisa de Katherina Dalton, Tiger (1970, p.212) escreveu:

          Cerca de 40% das mulheres sofrem de uma variedade de sintomas aflitivos durante a última semana do ciclo menstrual (outros investigadores referem um número mais alto) ... 46% das admissões femininas ao hospital psiquiátrico ocorrem durante aos sétimos e oitavos dias anteriores e durante a menstruação; também nesta altura, ocorrem 53% das tentativas de suicídio feminino ... 45% das trabalhadoras da industria que faltam por doença fazem-no durante este período; 49% dos crimes cometidos pelas prisioneiras acontecem durante neste período e o mesmo para 45% das participações de raparigas na escola ... as que são monitoras aplicam punições em número significativamente maior durante o período menstrual, o que levanta a questão se isto não se aplica também a professoras, magistradas ou outras mulheres com igual nível de responsabilidades.

          É, óbvio que as mulheres não são iguais aos homens. Por isso não há um meio directo de medir se são ou não iguais uns aos outros em determinada situação. Como sociedade deveremos estabelecer a equivalência apropriada entre homens e mulheres nestas áreas em que há diferenças fundamentais. Isto é, devemos empenhar-nos na equidade em vez de na igualdade.

          Um certo grau de complementaridade de papeis entre os sexos deve ser inevitavelmente aceite. É para nós injusto julgar as mulheres por critérios separados apenas quando isto evita que as mulheres sejam excluídas de certas profissões (por exemplo polícia e desportos profissionais). Por isso, devemos usar também critérios separados para beneficiar os homens, ou abolilos em ambas as situações. Devemos aceitar que os papeis dos homens e das mulheres são parcialmente complementares, acabar com a guerra de sexos e restaurar a família biparental com a sua função primitiva como garantia básica de estabilidade social.

Conclusão

          Espero que tenhamos esclarecido a mentira de que o feminismo pretende igualdade sexual. O movimento de homens reclama que tragamos isto a discussão. Varrer isto para debaixo do tapete permite que as feministas, que controlam largamente a guerra de sexos, vacilem entre várias noções implícitas de igualdade de acordo com o que melhor se ajusta às suas pretensões políticas em determinada altura. E isto frequentemente em detrimento dos homens, crianças e sociedade.

          Precisamos de negociar um contrato sexual entre masculinistas e feministas que inclua a noção de “equidade” em que todos estejamos de acordo. Isto pode ser ou não com base na “igualdade” actual entre homens e mulheres, embora os factores acima mencionados o tornem improvável. Na ausência na actual igualdade e identidade entre os papeis de homens e mulheres, deverá haver negociações entre as vantagens relativas dos papeis de homens e mulheres como foram no nosso passado, e como continua a existir em muitas partes do mundo. Esta negociação deverá contemplar um caminho para o desenvolvimento futuro das sociedades ocidentais. Até este ponto, o leitor pode interrogar-se:

1. Que caminho?

2. Porquê?

3. Onde nos conduzirá ele?

4. Porquê será esse um bom destino?

Não tentarei responder a estas questões, aqui. Há uma gama possível de respostas que outros já propuseram. Posso escrever sobre as minhas próprias sugestões num livro futuro, mas por agora sugiro que se deixe o assunto para negociação entre grupos de homens e pais por um lado, e grupos de mulheres por outro.

 

Prefácio à edição portuguesa

Prefácio

Introdução: O que é o feminismo?

1 – Narcisismo feminista e poder político   

2 – Circuncisão versus opção

3 – A educação mentirosa

4 – Mentiras, danadas mentiras e as estatísticas das Nações Unidas 

5 – Questões de emprego e a mentira de que “as mulheres podem fazer qualquer coisa”

6 – Acusações falsas e a mentira do abuso das crianças  

7 – As mentiras da violência doméstica; o homem num beco sem saída

8 – A Mentira do sistema judicial masculino

9 – Aborto e direito de optar

10 -- Violação: ter a faca e o queijo na mão

11 – Linguagem sexista: pensará satanás que é homem?

12 – A mentira da igualdade

13 – Endoutucação pelo complexo meios de comunicação social / universidade

14 – A fraude do domínio masculino

15 – Manifestações do feminismo

Notas

Bibliografia

Fontes na Internet

FAQ

Webmaster

Peter Douglas Zohrab

Latest Update

19 June 2015

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